O transtorno de pânico, também chamado de síndrome do pânico e ataques de pânico, caracteriza-se pela presença de elevada intensidade de medo ou desconforto, atingindo o pico em minutos, acompanhado de sintomas físicos e/ou cognitivos tais como: apreensão, medo, inquietação, dificuldade para relaxar, coração acelerado, sudorese, falta de ar, sensação de desmaio, medo de enlouquecer e medo de morrer. Muitos indivíduos relatam o medo intenso de ter novo ataque de pânico o qual pode acarretar o receio e mesmo a evitação de estar sozinho e\ou de estar em certos lugares.
A causa do transtorno geralmente não é atribuída a um fator específico, são atribuídos a etiologia do transtorno tanto os fatores genéticos quanto os ambientais. Eventos estressantes na vida adulta também estão relacionados ao desenvolvimento do transtorno de pânico.
O medo de ter outro ataque e a hipervigilância, ou seja, prestar atenção nos sintomas e nas reações corporais a todo momento, promovem a ansiedade antecipatória e os comportamentos de segurança, como idas frequentes ao médico ou a emergência. A evitação das situações ansiogênicas perpetuam a ansiedade por restringirem a exposição às situações temidas, reduzindo as oportunidades de desconfirmação dos medos.
As abordagens de psicoterapia que têm demonstrado evidência científica, consideradas como padrão-ouro para o tratamento, são a terapia cognitivo-comportamental e a análise do comportamento. O terapeuta precisa auxiliar o indivíduo a entender o que acontece com seu organismo, a descastratrofização dos sintomas e ajudá-lo a enfrentar e, muitas vezes, a aceitar as sensações e os sintomas físicos da ansiedade.
Referências
Barlow, D. H. (Org.). (2016). Manual clínico dos transtornos psicológicos: tratamento passo a passo. 5. ed. Porto Alegre: Artmed.
Maia, A. C. C. de Ornelas, Pereia, L. M. N., Nardi, A. E. and Cardoso, A. (2016). Cognitive Behavioral Therapy: state of the art, a review. Medical Express (São Paulo, online) 2(6).
Autor: Thaysa Castro Molina – Psicóloga